quarta-feira, 12 de março de 2008

AMC prosegue com iniciativas a prol do aborto livre e gratuíto

Na manhá do sábado 8 de Março, coincidindo com o Dia Internacional da Mulher Trabalhadora, activistas da Assembleia de Mulheres do Condado instalárom novamente na tradicional feira de Ponte Areias umha mesa de recolhida de assinaturas favoráveis à plena legalizaçom do aborto como um direito fundamental das mulheres.

A campanha de assinaturas a favor do aborto livre, gratuito e na rede sanitária pública, realizada ao longo do mês de Fevereiro, recolheu mais de cem autoinculpaçons, basicamente de mulheres, que fôrom apresentadas na primeira hora da manhá da terça-feira 11 de Março no registo dos julgados de Ponte Areias.

Com esta iniciativa a AMC quer manifestar que som muitas as mulheres de esta comarca do sul da Galiza que queremos decidir sobre a nossa gravidez e o nosso futuro.

quinta-feira, 6 de março de 2008

8 de Março Dia Internacional da Mulher Trabalhadora

NA CASA E FORA QUEREMOS VIVER E TRABALHAR DIGNAMENTE!

Quando falamos do 8 de Março, falamos de umha data que nasceu para denunciar a exploraçom específica da qual somos objecto as mulheres no actual sistema patriarco-burguês, e para reivindicar que só a luita organizada logrará a nossa plena emancipaçom.

Na Galiza do século XXI as mulheres continuamos cobrando menos que os homens desenvolvendo idénticas tarefas. Isto nom é casual.
A discontinuidade laboral e a maior taxa de desemprego tenhem rostros femininos.

Que continuemos “sendo destinadas” aos cárregos ou sectores “feitos para nós”, que acumulam mulheres que sobrevivem com umha economia muito precária, como o textil, a rama sanitária, a puericultura, geriatria, sector serviços, etc... tampouco é casual.

A divisom sexual do trabalho é umha realidade que só benefícia aos que tenhem as contas cheias a costa de explorar à maioria. Na Galiza o exemplo paradigmático é o oligarca Amáncio Ortega, proprietário de Zara-Inditex.

À sobre-exploraçom que padecemos no mundo do trabalho remunerado há que somar-lhe que ao rematar a jornada laboral mal-assalariada temos mais um trabalho imprescindível que desenvolver, o chamado trabalho doméstico, que inclui um sinfim de actividades como a limpeza da casa, cuidado de crianças e das/os maiores ou alimentaçom da família. Trabalho tam cansado e monótono como invisível.

A AMC nom só denúncia, assinalamos como culpáveis a todos os partidos políticos do actual regime, da actual situaçom de exploraçom, opressom e dominaçom que padecemos as mulheres trabalhadoras. É curioso ver como em periodo eleitoral se atrevem a falar do caro que esta o pam, sendo eles os responsáveis de um modelo socio-económico, o capitalismo, baseado na injustiça social.

O Estado espanhol está à cola da Europa em quanto à porcentagem de PIB destinado a serviços à família.
De termos uns serviços sociais dignos, por exemplo, infantários e geriatricos públicos, evitaria-se parte da enorme cárrega que supom a dupla e as vezes tripla jornada que realizam a diário e sem dias feriados as mulheres.

Desde a Assembleia de Mulheres do Condado sabemos que a luita organizada para atingir os direitos que nos correspondem como mulheres trabalhadoras galegas é para nós o único caminho possível.


VIVA O 8 DE MARÇO!
A IGUAL TRABALHO, IGUAL SALÁRIO!
VIVA A LUITA DAS MULHERES!



Condado, 8 de Março de 2008