sábado, 23 de agosto de 2008

Paremos o terrorismo machista!

Mais umha vez temos que lamentar o assassinato de umha mulher vítima do terrorismo machista a jovem Aelica Dacosta, de 25 anos é a primeira vítima mortal da Galiza no ano 2008 foi assassinada em Vigo polo seu ex-companeiro a segunda feira 18 de Agosto.

Por esse motivo a Assembleia de Mulheres do Condado o sábado 23 de agosto, aproveitando que em Ponte Areias há feira, saímos a rua para denuncialo.

sábado, 16 de agosto de 2008

V Certame Literário Feminista do Condado

A poucas semanas para que finalice o praço de apresentaçom de trabalhos recordamos as bases:


V CERTAME LITERÁRIO FEMINISTA DO CONDADO


A Assembleia de Mulheres do Condado (AMC) convoca o V Certame Literário Feminista do Condado, com o objectivo de reivindicar os direitos das mulheres e denunciar a nossa marginalizaçom e exploraçom.

Bases:

1- A temática será livre sempre que esteja relacionada directa ou indirectamente com a situaçom de opressom, dominaçom e exploraçom que padecem as mulheres no actual sistema patriarcal.

2- Poderám participar todas as mulheres que o desejarem sem limites de idade.

3- Os trabalhos serám apresentados exclusivamente em língua galega.

4- O certame está aberto a qualquer género literário (romance, poesia, teatro, ensaio).

5- O júri é constituído por três mulheres representativas da comarca.

6- O prémio estará dotado com 300 euros, podendo o júri declará-lo deserto ou dividir a quantidade citada em accesits na sua totalidade ou em parte.

7- O prazo de apresentaçom de trabalhos finaliza no domingo dia 31 de Agosto de 2008.

8- Os trabalhos serám apresentados por triplicado num envelope em que se fará constar na parte exterior o título e um pseudónimo da autora e, em envelope diferente, identificado com o título do trabalho e o seu pseudónimo, serám entregues os dados pessoais da autora: nome e apelidos, Bilhete de Identidade (BI), endereço, telefone de contacto.
Os envelopes serám enviados por correio certificado ao Local Social Baiuca Vermelha Rua Redondela nº11 rés-do-chao C.P. 36860 de Ponte Areas, a nome da AMC.

9- O trabalho ou trabalhos premiados ficarám em propriedade da Assembleia de Mulheres do Condado. Embora a autora ou autoras manterám os seus direitos sobre segundas ou posteriores ediçons de ser publicado o trabalho premiado.

10- Os trabalhos nom premiados ficarám a disposiçom das autoras durante um prazo de dous meses umha vez atribuído o prémio. Após finalizar este período de tempo, serám destruídos.

11- A interpretaçom das presentes bases som atribuiçom do júri.

12- A decisom do júri é inapelável.

13- A participaçom no prémio supóm a aceitaçom das suas bases.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Doze meses, 12 luitas

MULHER, GALIZA E HISTÓRIA

As mulheres ao longo dos diferentes processos históricos fôrom vetadas, dobregadas e anuladas, embora jogarem um papel indispensável na evoluçom e desenvolvimento das sociedades até os nossos dias. Assim, já na Idade Média e períodos posteriores as funçons das mulheres circunscriviam-se somente à esfera do privado. Nom tinham cabimento na elite política do mundo em que viviam, mas na esfera sócio-laboral, especialmente no contorno rural, a mulher cumprirá similares obrigaçons que os homens nos contratos forais complementando a sua labor com o trabalho doméstico.

Na primeira metade do século XIX, com o alvorejar dos valores burgueses das camadas médias da populaçom segue-se a pôr ênfase em outorgar ao homem a representaçom ante a sociedade. Mesmo nas primeiras décadas do século XX a mulher será considerada como sujeito político diferente por carecer da racionalidade necessária.

Ainda assim a mulher na Galiza nestes anos será protagonista de primeira mao, reivindicando o direito o voto, participando nas luitas antiforais e anticaciquis, mas o seu afastamento no terreno político é umha realidade imposta.

Com a aprovaçom do direito o voto da mulher 1 de Outubro de 1931, a funçom da mulher nas organizaçons “nacionalistas” galegas daquel entom, concentra-se exclusivamente em funçons de apoio, ficando a margem as reivindicaçons femininas.

O apoio da hierarquia eclesiástica no regime franquista dispom à mulher como depositária dos valores eternos da família e da pátria. Após a ditadura e a partir do ano 1977 umha série de mobilizaçons torna visível o protagonismo da mulher em diferentes sectores produtivos.

Abre-se entom o caminho da sua participaçom, nom sem grandes atrancos, através de coordenadoras, assembleias, associaçons, sindicatos, partidos políticos... feministas e nacionalistas em alguns casos, que realizarám críticas ao sistema patriarcal e reclamarám a igualdade de direitos solicitando umha interpretaçom da história em nengum modo androcêntrica.

Na actualidade a plena integraçom da mulher no seio do movimento de libertaçom nacional da Galiza dependerá da autoconsciência e do conhecimento de que, todos os problemas e conflitos sociais, económicos, culturais, políticos... que afectam ao nosso País tenhem sempre repercusons directas ou indirectas sobre as mulheres. É essencial a revalorizaçom da mulher trabalhadora e por extensom da mulher feminista e comprometida com a Galiza reclamando unha verdadeira igualdade e paridade com o homem, mas isso nom será possível enquanto o modo de produçom capitalista no nosso país, e o patriarcado inerente a este, nom sejam derrubados, para construir umha sociedade livre e sem opressom.