sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Doze meses, doze luitas

Som causas culturais e históricas as que impedírom o acesso à educaçom e à cultura da mulher na nossa sociedade ao longo do tempo, mas também umha estratégia masculina premeditada para que esta continuasse a ocupar-se com absoluta dedicaçom ao ámbito doméstico e familiar, questionando a sua capacidade racional e intelectual.

Mesmo ainda no S.XIX as mulheres que sabem ler e escrever na Galiza nom ultrapassam 4% da populaçom, pertencentes estas as camadas abastadas e com umha educaçom que nom guardará relaçom algumha com aquisiçom de conhecimentos. A apariçom das "novas teorias pedagógicas" consegue a incorporaçom das mulheres ao ensino superior, como a única opçom de Magistério, nom sem grandes obstáculos na consecuçom do seu título universitário, cumprindo o único objectivo de transmissora dos valores e virtudes morais do catolicismo no seio da família.



Assim há continuar até bem entrado o S.XX, em que nom se discutirá já o direito das mulheres no seu acesso à educaçom, mas sempre com a teima do papel complementar e sob a tutela do homem. Os tímidos avanços da República serám atalhados pola ditadura, impondo esta umha escola separada por géneros e directamente ligada ao tradicionalismo católico.



A partir dos anos 70, inicia-se a maior presença das mulheres em todos os níveis do sistema educativo, mesmo no ensino universitário. Na actualidade, o Sistema Universitário Galego é formado na sua maioria por mulheres, e nom deixa de medrar o seu número nos últimos anos, embora seja escassa a sua presença nos estudos científico-técnicos, em áreas como as engenharias, já que os preconceitos nom fôrom ainda arrancados por completo.



Urgem umha serie de medidas sobretodo políticas e orientadas a distintos ámbitos e a todos os níveis do sistema educativo:



- Recursos ajeitados, assegurando umha educaçom pública, gratuita e de qualidade para tod@s em todos os níveis do sistema educativo.



- Integraçom plena em igualdade de condiçons que o homem incluindo umha direita correlaçom entre formaçom e mundo laboral.



- Medidas para luitar contra qualquer tipo de discriminaçom que evite maiores esforços e sacrifícios das mulheres na sua formaçom intelectual.



- Reivindicar a sua capacidade e dotaçom intelectual em paridade com o homem, em todos os campos de estudo, saber e investigaçom.



- Valorizaçom da formaçom adquirida e do seu trabalho no mundo da investigaçom e laboral.

A dignidade da sociedade galega é questionável enquanto nom tome consciência da impossibilidade do seu avanço equilibrado, sem ter em conta o desenvolvimento do grande potencial da mulher, reclamando a igualdade de direitos e oportunidades no campo educativo, com o objectivo de acabar com as injustiças, discriminaçom e opressom a que vem sendo submetida como elemento essencial no funcionamento de umha sociedade com um marcado carácter patriarcal.