sexta-feira, 29 de maio de 2009

Denúncia feminista contra anti-abortistas

O feminismo galego nom ficou impassível perante o autocarro integrista que visitou sul da Galiza. Na tarde da quarta feira 27 de Maio activistas feministas plantamos-lhe cara em Vigo ao bus de “Derecho a vivir”, desenmascarando a hipocrisia e o cinismo de quem conculca um dos direitos básicos das mulheres.
A denúncia com cartazes com legendas “aborto livre e gratuíto, na rede sanitária pública”, “nós parimos, nós decidimos”, entre outras, contou com o respaldo de passeantes.
As feministas fôrom increpadas polos antiabortistas e posteriormnete identificadas polos diversos corpos policiais (local, espanhola e a unidade de choque).
A AMC estivo presente no acto.




terça-feira, 26 de maio de 2009

VI Certame literário feminista do Condado


Ja fica aberto o praço para o certame feminista, que este ano atinge a sua sexta ediçom a continuaçom reproduzimos integramente as suas bases. Participa!




1- A temática será livre sempre que esteja relacionada directa ou indirectamente com a situaçom de opressom, dominaçom e exploraçom que padecem as mulheres no actual sistema patriarcal.


2- Poderám participar todas as mulheres que o desejarem sem limites de idade.


3- Os trabalhos serám apresentados exclusivamente em língua galega.


4- O certame está aberto a qualquer género literário (romance, poesia, teatro, ensaio).


5- O júri é constituído por três mulheres representativas da comarca.


6- O prémio estará dotado com 300 euros, podendo o júri declará-lo deserto ou dividir a quantidade citada em accesits na sua totalidade ou em parte.


7- O prazo de apresentaçom de trabalhos finaliza na segunda feira dia 31 de Agosto de 2009.


8- Os trabalhos serám apresentados por triplicado num envelope em que se fará constar na parte exterior o título e um pseudónimo da autora e, em envelope diferente, identificado com o título do trabalho e o seu pseudónimo, serám entregues os dados pessoais da autora: nome e apelidos, Bilhete de Identidade (BI), endereço, telefone de contacto.Os envelopes serám enviados por correio certificado ao Local Social Baiuca Vermelha Rua Redondela nº11 rés-do-chao C.P. 36860 de Ponte Areias, a nome da AMC.


9- O trabalho ou trabalhos premiados ficarám em propriedade da Assembleia de Mulheres do Condado. Embora a autora ou autoras manterám os seus direitos sobre segundas ou posteriores ediçons de ser publicado o trabalho premiado.


10- Os trabalhos nom premiados ficarám a disposiçom das autoras durante um prazo de dous meses umha vez atribuído o prémio. Após finalizar este período de tempo, serám destruídos.


11- A interpretaçom das presentes bases som atribuiçom do júri.


12- A decisom do júri é inapelável.


13- A participaçom no prémio supóm a aceitaçom das suas bases.

24 de Maio Dia da mulher antimilitarista




Mais umha vez as feministas do Condado organizadas na AMC voltamos sair a rua, desta volta para denunciar o militarismo, com a colocaçom de várias faixas em Ponte Areias e Salvaterra.








segunda-feira, 18 de maio de 2009

A LINGUAGEM NEUTRO-UNIVERSAL-MASCULINA NOM NOS SERVE

A discriminaçom que sofremos as mulheres fica patente em tantas formas como ámbitos diferentes há no mundo, polo qual a linguagem nom é umha excepçom. Também aqui fomos relegadas para um papel subordinado e obrigadas a utilizar umha linguagem que nos exclui. A linguagem e a fala sexistas e machistas som o reflexo e a conseqüência de umha igual sociedade.

Umha das características mais importantes da linguagem é a variabilidade. A linguagem muda segundo a necessidade de cada sociedade, classe e época. Se a linguagem de cada momento é exemplo dessa realidade, a seguinte geraçom assimilirá as novas ou velhas formas e deste ou aquele jeito farám parte da sociedade. Polo exposto, as mulheres precisamos e exigimos umha linguagem que nos inclua, que também dê a conhecer a nossa realidade: a linguagem neutro-universal-masculina nom nos serve.

Em expressons como "... quando o homem descobriu o lume...", " ...o homem inventou a roda...", "...o homem chegou à lua...", "...os vizinhos de...", "...os trabalhadores de..." , o termo "homem", assim como empregar o género masculino como genérico-neutro apresenta e educa numha realidade na qual nós “nom estamos presentes”. Este é só um dos aspectos da situaçom de discriminaçom que padecemos as mulheres que é à sua vez causa e efeito da mesma.

Mais um exemplo de umha exclusom explícita das mulheres topamo-la em casos tam noticiáveis e criticados como a utilizaçom de substantivos masculinos em feminino. Tomemos como exemplo MEMBRO. Se recorrermos à RAG numha das acepçons encontramos: "indivíduo que fai parte de um conjunto, comunidade ou corpo moral". O termo MEMBRA nom aparesce por nengum lado. Mas em textos jornalísticos sim topamos frases como “A organizaçom X, membra da...” ou “A instituiçom X membra de..”. Mas quando se trata das mulheres, tenta impor-se-nos que sejamos membros, como se tivéssemos menos direitos que as instituiçons, organizaçons, associaçons, etc... Nom há problema, ao fim nós já estamos afeitas a ser nomeadas com o masculino, nom é?

A língua vai-se desenrolando e nascem infinidade de palavras novas assim como muitas outras caem em desuso. O alarme gerado cada vez que se pretende nomear as mulheres é tam só explicável porque as raízes do patriarcado estám presentes em toda e todas as sociedades em maior ou menor grau.

No jornalismo, o género masculino é o protagonista da realidade informativa. E isto nom responde a um simples acaso, pois se figermos um repasso dos jornais da Galiza podemos afirmar que o controlo e gestom destes está em maos de homens e que existe umha clara maioria de escritores e reporteiros. No respeito aos conteúdos, continuam focados para umha dualidade sexual, homem e mulher unidos aos espaços público e privado respectivamente, baseando os critérios e normas jornalísticas nestas diferenças. Somos conscientes que na sociedade capitalista nom atingiremos umha igualdade plena, mas talvez se as mulheres participassem a 50% em todas as actividades laborais, incluindo postos de decisom e responsabilidade, evitando sempre a reproducçom e assunçom do sistema de valores masculino, conlevaria umha mudança substancial na sociedade e na imagem das próprias mulheres.

É difícil pensar ou imaginar que poda produzir-se umha renovaçom no papel que jogam os meios informativos ou na elaboraçom dos seus conteúdos se as primeiras afectadas nom nos organizarmos e luitarmos para atingir mudanças. O desenvolvimento individual é inseparável do contexto social e cultural, dos que os meios de comunicaçom fam parte deste, polo qual nom há mais remédio que tê-los em conta inclusive na planificaçom da educaçom. Se os meios som elementos que influem na vida e costumes dos indivíduos e da colectividade... Que valores transmitem quando nos ocultam?