Violência institucional no concelho de Ponte Areias
Desde hà uns meses, a vizinhança de
Ponte Areias atópa-se todos os sábados (día de
feira na localidade) com que as trabalhoras da carreira -vendedoras
de excedentes alimentários da produçom doméstica-
forom tiradas do prédio do mercado cara o exterior da rua, com a escusa das obras que
se estam a levar neste, tendo que trabalhar
durante o último mês baixo um guardachuvas.
O governo do
PP alega ter-lhe ofertado outros espaços (fora da zona de
vendas da feira) e dim carecer de mais lugares idóneos às
súas necesidades.
Geraçom após geraçom de
mulheres, as súas mais e avoas, venderom na rua os seus
produtos até conseguir o seu espaço no interior do
prédio de abastos.
Depois de falarmos com elas e de escuitar as
súas divergências entre quem aceita esta decisom e
quem querendo muda-la sintem nom ter força para acadar
melhoras, as mulheres de AMC, nom calamos.
Violência machista. Violência
institucional. Violência contra as mulheres. Com estas palavras definimos o despreço
histórico das instituiçons patriarcais que, contra os
seus cínicos discursos politicamente correctos, seguem
infravalorando os trabalhos realizados polas mulheres.
Desde a Assembleia de Mulheres do Condado exigimos
ao governo municipal a colocaçom de maneira urgente dumha
estrutura que proteja da chúvia, humidade e sol às
trabalhadoras da carreira para poder ejercer o seu trabalho dentro
dumhas condiçons mínimas de seguridade durante o tempo
que durem as obras.
O governo local tem o dever e a obriga de mudar esta
situaçom. Nós mentres tanto, seguiremos coas nossas:
denunciar todo facto de discriminaçom, humilhaçom e
maltrato institucional que atente contra a dignidade das mulheres.