segunda-feira, 28 de maio de 2012

Violência institucional no concelho de Ponte Areias


Desde hà uns meses, a vizinhança de Ponte Areias atópa-se todos os sábados (día de feira na localidade) com que as trabalhoras da carreira -vendedoras de excedentes alimentários da produçom doméstica- forom tiradas do prédio do mercado cara o exterior da rua, com a escusa das obras que se estam a levar neste, tendo que trabalhar durante o último mês baixo um guardachuvas. 
O governo do PP alega ter-lhe ofertado outros espaços (fora da zona de vendas da feira) e dim carecer de mais lugares idóneos às súas necesidades.
Geraçom após geraçom de mulheres, as súas mais e avoas, venderom na rua os seus produtos até conseguir o seu espaço no interior do prédio de abastos.
Depois de falarmos com elas  e de escuitar as súas divergências  entre quem aceita esta decisom e quem querendo muda-la sintem nom ter força para acadar melhoras, as mulheres de AMC, nom calamos.
Violência machista. Violência institucional. Violência contra as mulheres. Com estas palavras definimos o despreço histórico das instituiçons patriarcais que, contra os seus cínicos discursos politicamente correctos, seguem infravalorando os trabalhos realizados polas mulheres.
Desde a Assembleia de Mulheres do Condado exigimos ao governo municipal a colocaçom de maneira urgente dumha estrutura que proteja da chúvia, humidade e sol às trabalhadoras da carreira para poder ejercer o seu trabalho dentro dumhas condiçons mínimas de seguridade durante o tempo que durem as obras.
O governo local tem o dever e a obriga de mudar esta situaçom. Nós mentres tanto, seguiremos coas nossas: denunciar todo facto de discriminaçom, humilhaçom e maltrato institucional que atente contra a dignidade das mulheres.




segunda-feira, 14 de maio de 2012

As letras, em feminio plural.

1963, ano no que os académicos da RAE acordarom sinalar umha data no calendário para homenagear à  nossa literatura, coincidindo com o centenário da publicaçom de Cantares Gallegos. Rosalía de Castro foi a primeira homenajeada. A primeira das três únicas mulheres reconhecidas pola instituiçom como merecedoras de tal distinçom.

Apesar de ser a Real Academía Galega umha instituiçom privada e como tal poderá defender umha ou outra opçom linguística, definir-se sob um manto monárquico, negar a existência das mulheres na história e mesmo rejeitar o jogo das cadeiras na rúa Tabernas, nom podemos consentir a invisibilizaçom da literatura produzida por mulheres galegas, escritoras, pensadoras e sujeitos de talento literário.

A Assembleia de Mulheres do Condado está a trabalhar para umhas letras reinvindicativas, de debate e festa com o objetivo de reflexionar ao redor da exclusom das mulheres na cultura galega assim como também festejar que seguimos na luita, junto com muitas outras vozes de mulheres  e que já nom poderam fazermos calar.
Na Sexta feira 18 terá lugar a palestra-debate no CSA O Fresco às 19:00 baixo o título “Nem um verso atrás” e às 23:00 fecharemos a jornada com um concerto da banda galega  Sacha na horta no local Isabella de Ponte Areias.

Aguardamos a vossa participaçom nesta jornada das Letras, em feminino plural.