quinta-feira, 25 de abril de 2013

26 de abril, as lesbianas que queremos ser.



Sou eu quem che fala, a tua companheira de trabalho, a tua filha, a tua mãe, a vizinha do terceiro, sou eu, a lesbiana que nunca quiseste ver.
Sou eu, a que leva escuitado desde pequena perguntas estúpidas sobre moços, casamentos, crianças e outros contos.
Sou eu, a que durante anos vivi com vergonha, com inseguranças, ficando calada quando a sexualidade, saia nas conversas.
Sou eu a que sofre a imposiçom hetero nos meios de comunicaçom, na publicidade, filmes e seriais, sou eu, a que nom atopo espelhos nos que sentir-me umha igual.
Sou eu, a que sente a incomodidade de outras mulheres em momentos de festa, risas e desfrute por crer ser do meu gosto sexual.
Sou eu, a que tenho que escuitar que a minha sexualidade é de segunda, como se for um jogo de crianças, incompleta pola ausência de um pénis.

Somos nós, sim, as lesbianas que queremos ser, as lesbianas que gostamos dos beijos com outras iguais, que amamos a outras mulheres e que desfrutamos de maneira completa do sexo entre mulheres, do sabor do fluxo vaginal e de todos os lábios quantos temos e ainda vós desconheceis.
Nom dependemos deles, por isso nos odiam, nom os sofreremos, por isso nos atacam, nom nos sentimos soas, por isso nos tenhem medo.

Sim, estamos aqui e vinhemos para ficar, para desestabilizar o vosso pensamento único, os vossos esquemas binários e a vossa falsa normalidade sexual.
Somos prévias aos vossos discursos “progres” e as leis de igualdade. As feministas radicais e lesbianas sabemos que as migalhas dadas pola masculinidade nom vam ser a nossa soluçom, mas já estamos conseguindo fazer agonizar ao pensamento heterossexista. Fica muito por andar mas é tarde para parar-nos o caminhar.

Viva a luita feminista!
As lesbianas também existimos!
Na minha cona nom manda ninguem!