28 de setembo: nós parimos, nós decidimos.
Aborto, algo mais que
umha palavra. 46 milhons de mulheres abortam anualmente no mundo após
a negativa ou imposibilidade de seguir adiante coa gravidez. A sorte
da súa vida e saúde está em maos da legislaçom
de turno. Penalizar, criminalizar ou regular de umha maneira ou
outra, marcará o destino de estas mulheres.
Desde a Galiza estamos a viver com raiva as ameaças do Ministro de
Justiça Gallardón ante a posibilidade de modificar a
lei do aborto para limitar mais ainda a capacidade de decisom das
mulheres. Mostrando a verdadeira face do nazionalcatolicismo
segue a utilizar, segundo lhe convenha, às mulheres como arma
política. Ganhar a simpatía da Igreja católica e
as organizaçons autodenominadas pro-vida é o seu
principal objetivo. Ligado a isto som os interesses morais e
económicos os que convertem ao governo espanhol em inimigo das
mulheres obrigando-nos de maneira muito sutil a voltar ao fogar,
convertendo-nos em escravas da familia, do capitalismo e do estado.
Desde a Assembleia de
Mulheres do Condado chamamos a apoiar todas as iniciativas e manifestaçons
que se vam desenvolver no nosso pais com motivo deste día de
acçom global polos dereitos reprodutivos e da interrupçom
voluntaria da gravidez. Agora mais urgente que nunca devemos
fazer-nos escuitar. Só nós somos quem de decidir por
nós mesmas.
É preciso sair à rua e juntas, fortes e erguidas, denunciar a ameaça de Gallardón de atentar contra os nossos corpos e reinvindicar um novo modelo de sexualidade livre de imposiçons
machistas como passo imprescindível para a emancipaçom e
independência das mulheres.
Aborto seguro, livre e
gratuito.
Viva a luita feminista.