terça-feira, 12 de novembro de 2013

X Certame Literário Feminista do Condado fica deserto.

Terça feira 12 de novembro tinha lugar a reuniom do júri para avaliar os trabalhos apresentados no X Certame Literário Feminista do Condado.
O júri configurado por Maria Xesús Suárez Nuñez (professora de secundária no IES Val do Tea de Ponte Areias), Luisa Bel Ortega (professora do IES Pedra de Auga de Ponte Areias) e Lorena Alonso Pinheiro (em representaçom da Assembleia de Mulheres do Condado), após avaliar as circunstâncias dadas nos trabalhos apresentados no X Certame Literário Feminista do Condado, acordaram declarar o prémio deserto polos seguintes motivos:
Este ano só recebemos dous trabalhos para o concurso e ambos incumprirom dous pontos das bases do nosso certame;
O primeiro, chegou fora do prazo estipulado e o segundo nom guardou o anonimato no envelope exterior. Solicitava-se um pseudónimo no mesmo.
Por estes motivos os trabalhos nom chegarem a ser valorados para poder optar aos 300€.
Ainda assim, AMC quer agradecer a todas as mulheres que participarem nesta ediçom e animamos a todas as mulheres a seguir participando nas vindouras ediçons do certame.


Ponte Areias 12 de novembro de 2013

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

X aniversário com exposiçom da foto-jornalista Silvia Melha no Festival da Poesia do Condado.

Dez anos de luitas, de açons, de represom e de solidariedade feminista. Dez anos no debater de textos sem os que sería impossível entender a nom presença das mulheres em todos os âmbitos da sociedade e entre eles, a arte.
Foi o feminismo o que nos deu a segurança de caminhar olhando trás dos óculos lilás. Agora já nom precisamos que falem por nós, no nosso nome nem do que dim ser as nossas problemáticas. Agora somos acompanhadas por vozes como a de Silvia Melha, voz subalterna, voz que como a nossa, sente o prazer de ceivar o seu discurso, a sua perspetiva do que significa viver sendo mulher, mulher entre mulheres, consciente da rebeldia e transgressom que implica erguer a voz por meio das imagens em um mundo de homens.
Aguardamos que após o X aniversário venham muitas mais décadas de luita porque sabemos que o Patriarcado é o inimigo mais forte a bater mas, nom duvidamos, no manhá nasceram mulheres livres na Galiza. Seram essas mulheres as que escutem,  através da imagem fotografada, como na noite da liberaçom tocavamos todos os instrumentos existentes e como cantavamos até ficar exaustas. Veram também as nossas faces depois de bailar durante dias e noites e sentiram os nossos orgasmos ao despir-nos das cadeias da dominaçom mentres festejávamos o triunfo do feminismo.
Muito obrigadas a Silvia Melha por ceder-nos a sua obra assim como a todas as mulheres que de umha maneira ou outra trabalham na construçom da nossa história.

Assembleia de Mulheres do Condado.


30/08/13

quinta-feira, 6 de junho de 2013

X Certame Literário Feminista do Condado



Por décimo ano consecutivo, da Assembleia de Mulheres do Condado, queremos apresentar as bases do Certame Literário Feminista, fazendo um chamamento à participaçom para que atividades como estas tenham continuidade no tempo e presença na cultura do pais.

O nosso e vosso certame, tentam durante toda a sua caminhada ser um pequeno refúgio para a visibilizaçom da criaçom literária feminina, assim como para o fomento dumha ótica feminista na mesma.
Mas sabemos que o caminho é ainda longo de mais e que precissamos companhia na caminhada, por isso contamos com todas vós para que colaboredes no espalhamento de umha ilusonante cultura lilás e em galego.

A seguir deixamos as bases e ficamos à espera dos vossos trabalhos.

1- A temática será livre sempre que esteja relacionada directa ou indirectamente com a situaçom de opressom, dominaçom e exploraçom que padecem as mulheres no actual sistema patriarcal. 

2- Poderám participar todas as mulheres que o desejarem sem limites de idade. 

3- Os trabalhos serám apresentados exclusivamente em língua galega. 

4- Os trabalhos devem ser inéditos. 

5- O certame está aberto a qualquer género literário (romance, poesia, teatro, ensaio). 

6- Os trabalhos de romance, teatro e ensaio devem ter umha extensom mínima de 20.000 caracteres. Respeito à poesia devem ter um mínimo de seis poemas. 

7- O júri é constituído por três mulheres representativas da comarca. 

8- O prémio estará dotado com 300 euros, podendo o júri declará-lo deserto ou dividir a quantidade citada em accesits na sua totalidade ou em parte. 

9- O prazo de apresentaçom de trabalhos finaliza segunda feira dia 30 de Setembro de 2013. 

10- Os trabalhos serám apresentados por triplicado num envelope em que se fará constar na parte exterior o título e um pseudónimo da autora e, em envelope diferente, identificado com o título do trabalho e o seu pseudónimo, serám entregues os dados pessoais da autora: nome e apelidos, Bilhete de Identidade (BI), endereço, telefone de contacto. 
Os envelopes serám enviados por correio certificado a R/ Fermim Bouça Brei, nº 3, 7º G. 36860 Ponte Areias a nome de Lorena Alonso Pinheiro/AMC . 

11- O trabalho ou trabalhos premiados ficarám em propriedade da Assembleia de Mulheres do Condado. Embora a autora ou autoras manterám os seus direitos sobre segundas ou posteriores ediçons de ser publicado o trabalho premiado. 

12- Os trabalhos nom premiados ficarám a disposiçom das autoras durante um prazo de dous meses umha vez atribuído o prémio. Após finalizar este período de tempo, serám destruídos.
13- A interpretaçom das presentes bases som atribuiçom do júri. 

14- A decisom do júri é inapelável. 

15- A participaçom no prémio supóm a aceitaçom das suas bases.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

26 de abril, as lesbianas que queremos ser.



Sou eu quem che fala, a tua companheira de trabalho, a tua filha, a tua mãe, a vizinha do terceiro, sou eu, a lesbiana que nunca quiseste ver.
Sou eu, a que leva escuitado desde pequena perguntas estúpidas sobre moços, casamentos, crianças e outros contos.
Sou eu, a que durante anos vivi com vergonha, com inseguranças, ficando calada quando a sexualidade, saia nas conversas.
Sou eu a que sofre a imposiçom hetero nos meios de comunicaçom, na publicidade, filmes e seriais, sou eu, a que nom atopo espelhos nos que sentir-me umha igual.
Sou eu, a que sente a incomodidade de outras mulheres em momentos de festa, risas e desfrute por crer ser do meu gosto sexual.
Sou eu, a que tenho que escuitar que a minha sexualidade é de segunda, como se for um jogo de crianças, incompleta pola ausência de um pénis.

Somos nós, sim, as lesbianas que queremos ser, as lesbianas que gostamos dos beijos com outras iguais, que amamos a outras mulheres e que desfrutamos de maneira completa do sexo entre mulheres, do sabor do fluxo vaginal e de todos os lábios quantos temos e ainda vós desconheceis.
Nom dependemos deles, por isso nos odiam, nom os sofreremos, por isso nos atacam, nom nos sentimos soas, por isso nos tenhem medo.

Sim, estamos aqui e vinhemos para ficar, para desestabilizar o vosso pensamento único, os vossos esquemas binários e a vossa falsa normalidade sexual.
Somos prévias aos vossos discursos “progres” e as leis de igualdade. As feministas radicais e lesbianas sabemos que as migalhas dadas pola masculinidade nom vam ser a nossa soluçom, mas já estamos conseguindo fazer agonizar ao pensamento heterossexista. Fica muito por andar mas é tarde para parar-nos o caminhar.

Viva a luita feminista!
As lesbianas também existimos!
Na minha cona nom manda ninguem!