quarta-feira, 14 de julho de 2010

AMC com o desporto de base feminino

A passada fim de semana voltava a celebrar-se em Salvaterra de Minho o Torneio de Fútebol 24h, umha iniciativa lançada por um grupo de moças e moços do Condado. As e aos quais queremos parabenizar por todo o trabalho desenvolvido ano após ano, apostando polo desporto galego.

A sua evoluiçom cara o respecto, toleráncia e igualdade entre sexos levou a que já na ediçom passada da Assembleia de Mulheres do Condado quigéramos achegar o nosso grao de areia, entregando um trofeio.

É assim que umha companheira fijo entrega a equipa de mulheres ganhadora deste ano 2010. Umha ediçom em que o incremento de equipas de mulheres voltou aumentar, sendo o Torneio da zona com maior número de participantes femininas.

Porque as mulheres devemos seguir reivindicando o nosso espaço social e sobre um desporto tam patriarcal como é o fútebol ainda muito mais.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Entrevista Elena

- Quantos anos levas trabalhando ? Sempre no mesmo sector ?
Nom . Levo trabalhando 42 anos. Comecei trabalhar como empregada do fogar e cuidadora em umha casa de Ponte Areias, desde os 13 até os 24 anos. Depois , quando casei, colhemos o restaurante – bar da família de meu marido- no que trabalhei 10 anos. Ao ano seguinte de fechar entrei a trabalhar na secçom de charcutaria no primeiro supermercado que abrírom em Ponte Areias, 1988 e no que ainda trabalho.

-Algumha vez sentiste algum tipo de descriminaçom nos teus postos de trabalho?
Realmente nunca me sentim discriminada de maneira directa já que , ou trabalhei eu sola em ambientes familiares ou , como é na actualidade , trabalho em espaços muito feminizados.
Mas tenho que reconhecer que os homens som mais respeitados no seu trabalho e que seguramente se os supermercados foram mais masculinos , cobraríamos mais e o nosso trabalho estaria mais valorado.


- No teu sector de trabalho actual sodes umha grande maioria de mulheres, que tal o ambiente de trabalho?
Pois... regular. Existem diferenças de idades muito grandes e quiças isso é o que provoca maneiras distintas de ver o trabalho.


- Qual é a tua relaçom e visom dos sindicatos ?
Eu nom estou afiliada a nengum, mas acho que som muito necessários, de facto as melhoras conquistadas ao longo de estes anos fôrom graças às pressons exercidas por estes.


Que horário tés no teu trabalho?
Quando comecei nom tínhamos um horário fixo . Trabalhávamos entre 12 e 14 horas sem dias de descanso. Hoje em dia trabalhamos 9 horas e já temos os descansos que nos correspondem por convénio.


- Como repartes o tempo para dedicar-te a ti e as tuas necessidades ?
Pois ... trabalhando ainda mais . Para poder ter tempo para mim , ao chegar de trabalhar fora da casa, trabalho dentro e assim podo deixar todo organizado para o dia seguinte . Quando quero adicar-me a mim pois tenho que erguer-me antes e aproveitar essas horas antes de entrar a trabalhar. O tempo há que organiza-lo ao milímetro.


- Trabalhadora e mae separada . Como e quantas dificuldades encontraste no caminho?
Buff... Fôrom muitas . Quando me separei tinha que erguer as crianças, de 9 e 4 anos às 7 da manhá para leva-los comigo ao trabalho até entrar no colégio. Tivem que perder-me muitas cousas dos anos mais bonitos, como as actuaçons do colégio , os aniversários ... eu tinha que trabalhar.
Mas tenho que reconhecer que a solidariedade entre mulheres foi o que me ajudou a tirar para adiante. As milhas cunhadas, a que fora minha chefa durante 11 anos, professoras… entre todas foi possível estar separada, educar a duas crianças, trabalhar fora e na casa, etc.


- Consideras necessárias melhoras para a conciliaçom laboral e familiar ?
Por suposto e sobre todo para mulheres que coma mim levárom sós todo o peso de umha família.