terça-feira, 27 de novembro de 2012

25N Exemplos de luita em contra do machismo e o patriarcado. Nós também fazemos história!



Rosalia de Castro (Compostela, 1837- Padrom, A Corunha, 1885)

Escritora. Conhecida mais pola sua faceta lírica intimista, tem obras em prosa como La hija del mar (1859), Flavio (1861),ou El caballero de las botas azules (1867), novelas de corte claramente feminista, nas que a autora denúncia a penosa situaçom das mulheres na sociedade do momento.
Denúncia, claramente exposta no breve ensaio Lieders (1858), no qual manifesta o submetimento das mulheres, e clama pola sua liberdade.

Corona Gonçalves (Ourense)

Escritora ourensá do século XX praticamente desconhecida. Colaborou intensamente no jornal A Nosa Terra do ano 1926 ao 1930. Escreveu artigos como “Para os pais que tein fillas”, escrito desde umha ótica feminista, defende a instruçom e trabalho das mulheres, já que isto as conduzirá face a independência, evitando o matrimónio como “meio de fugida “ das mulheres.

Carme Lobeiras Pantim

Colaboradora da secçom “O recanto da Muller” do jornal A Nosa Terra. O 6 de agosto de 1933, publicou o artigo intitulado “Posicións”, no qual defende a necessidade de umha conciência feminista para evitar que as mulheres sigam oprimidas.

Henriqueta Outeiro Branco (Miranda, Castroverde 1910-1989)

Guerrilheira antifranquista ligada ao Partido Comunista. Feminista consciente de que a instruçom e a independência económica som fatores fulcrais na libertaçom das mulheres, criou a Casa da Mulher (Cándida) em Castroverde, destinada a dignificar a lamentável situaçom das mulheres do meio rural.

Rosa Pardo (Compostela, 1941 – Madrid, 1989)

Enquadrada durante o franquismo no Partido Comunista, foi a dirigente do “Movimiento Democrático de Mujeres” durante a década de sessenta. Posteriormente, trabalhou na “Federación de Mujeres Flora Tristán”, no “Centro de Investigaciones y Formación Feminista” e, optando já por umha construçom do feminismo autónomo, na “Plataforma Autónoma Feminista”. Em novembro de 1987 participou na “Terceira conferencia internacional de feminismo socialista” com um artigo intitulado “Formas de organización y autogestión del movimiento feminista”.
Autora do texto “Feminismo primero, política después” (1988), no qual opina que a apresentaçom de listas de mulheres aos diferentes processos eleitorais do estado devera começar a estudar-se desde a perspetiva das organizaçons autónomas de mulheres.

Maria Santos Freire

Colaborou na secçom feminina “O Recanto da Muller” de A Nossa Terra. No 27 de agosto de 1933, publicou o artigo “O deber da muller galega”, onde reivindica a capacidade das mulheres para intervirem em todos os âmbitos sociais, incluído o jornalístico. Manifesta a necessidade de mais secçons propriamente femininas para que as mulheres deixassem de serem anuladas e se puderam expressar.

Dora Carcanho Araujo (Vigo 1935)

Luitadora social e defensora dos direitos das mulheres, e ligada, junto com a sua mae, ao processo revolucionário de Cuba. Em 1960 era a dirigente da “Federación de mujeres cubanas”, e foi, na altura, um dos maiores referentes do feminismo em Cuba.

Maria Teresa Sola (A Corunha)

Mulher de coragem que matou ao seu marido, após anos de sofrer maus-tratos. É acusada pola fiscalia de serem umha assassina comum, sem terem em conta que foi um ato em defesa própria. 

Crónica da atividade do 25-N



Na manhá do 25 de novembro, a Assembleia de Mulheres do Condado realizamos um mural no qual homenageamos ao feminismo galego, às mulheres rebeldes galegas, e a todas as mulheres que luitam e luitárom em contra do terrorismo machista.
Com esta iniciativa tentamos levar às ruas umha mensagem de rebeldia e empoderamento em contra das agressons que sofremos as mulheres cada dia.
Ademais da legenda, “25N Mulheres contra o terrorismo machista”, o mural expunha mais de meia dúzia de nomes de mulheres que foram e som exemplo de luita em contra da violência machista no nosso pais.
Ainda que a nossa tarefa se viu entorpecida pola visita da Guarda Civil, que identificou a umha colaboradora e várias das nossas militantes, a atividade puido rematar com sucesso.
Desde a Assembleia de Mulheres do Condado, queremos agradecer a todas as mulheres que participárom e a todas as que finalmente nom puidérom participar, e animamos-vos a colaborar nas vindouras atividades.





quinta-feira, 22 de novembro de 2012

MAIS UMHA MULHER ASSASSINADA, MAIS UMHA VEZ AGREDIDAS.


Esta vez no Berzo, na localidade de Bembibre, de maneira brutal. Para ele, simplesmente carne.
M.D.A.M descuartizou o corpo da sua companheira R.B.M.J, pretendendo agochar o assassinato em umhas malas. Argumentou fazê-lo para se defender.

Assim nos vem também a nós, perigosas como bestas às que há que domar. Assim estamos, desprotegidas e em situaçom de indefensom como animais enjaulados.

Levamos séculos após séculos sendo rebaixadas à categoria de seres inferiores, agredidas, ignoradas, assassinadas e despreçadas. No presente mantem-se a situaçom coa cumpricidade do velho estado franquista. Até quando?

Só fica umha opçom; ser-mos    salvagens, indomáveis, mas mulheres. Mulheres capazes de nos erguer e respostar ante qualquer agresom sofrida por umha de nós.

Desde a Assembleia de Mulheres do Condado chamamos a todas a tomar as ruas, organizar-se e e berrar porque:

Temos direito a rebelar-nos!
Temos direito a nos defender!
Nemgumha agresom sem resposta!

terça-feira, 20 de novembro de 2012

25 NOVEMBRO - DIA CONTRA O TERRORISMO MACHISTA


Mulheres e organizaçons feministas, sabemos que a luita contra o terrorismo machista nom se baseia em umha data específica, na qual instituiçons, meios de comunicaçom ou outras organizaçons "saem as ruas" com legendas bonitas, imagens impactantes ou concentraçons com minutos de silêncio.

Mulheres e organizaçons feministas, sabemos que o terrorismo machista nom só está nos golpes ou assassinatos, nom só está nas fotos e vídeos de contusons e sangue, nem nos dados oficiais de denuncias, nem no número de ordens de afastamento. 

Mulheres e organizaçons feministas sabemos que o machismo nos rodeia, que a sociedade é educada nele e que, muitas vezes, nem sequer somos conscientes de o estar a padecer. 

Basta de ter que sofrer violência diária, desde que acordamos até que acordamos o dia depois... Violência que envolve as nossas rotinas, agressons com as que convivemos e as que suportamos, pois assim nos educam. 

Este ano foram três as mulheres assassinadas no nosso Pais a maos de seu par. E por isso, a AMC estamos dia após dia na rua, para fazer-vos chegar a todas que com a luita organizada das mulheres, com a toma de lugares públicos donde nos fazer ouvir, estaremos dando um pequeno-grande passo face a morte do patriarcado e do machismo.

Protesta polo teu direito a decidir como vestir!

Protesta por umha sexualidade livre e sem tabus! 

Protesta pola tua decissom sobre a maternidade! 

Protesta pola igualdade salarial, laboral, social, educacional...!

 Protesta polos milheiros de mulheres violadas, prostituídas, golpeadas, assassinadas...!

PROTESTA POLAS MULHERES QUE JÁ NOM O PODERAM FAZER.

AVANTE A LUITA DAS MULHERES!
SE TOCAM A UMHA, TOCAM-NOS A TODAS!

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Patricia Fontenla Rodríguez ganha o IX Certame literário Feminista do Condado


Na tarde do passado 31 de Outubro, teve lugar a reuniom na qual o júri avaliou os trabalhos do IX Certame Literário Feminista do Condado. 
Este, conformado por  Xesús Suárez Núñez (professora de secundária no I.E.S. Val do Tea, de Ponte Areias), Ana Mariño (professora do C.E.I.P. Infante Felipe, de Salvaterra) e Rosa Fernandes Casais (em representaçom da Assembleia de Mulheres do Condado), e após umha análise pormenorizada de todos os trabalhos, resolveu, por unanimidade, fazer entregue do 1º prémio a Patricia Fontenla Rodríguez pola sua obra Kalevorroka ou antilibro. 
O ato de entrega do prémio terá lugar o vindouro dia 2 de Dezembro na biblioteca municipal de Salvaterra de Minho às 12:00 horas. Convidamos-vos a todas a assistir.
Desde a Assembleia de Mulheres do Condado, queremos agradecer a numerosa participaçom da presente ediçom, e animamos-vos a participar nas vindouras. 

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Mais outra mulher assassinada, mais outra morte sem responsáveis



 Marisol, também o tinha denunciado. Esta mulher, de 63 anos, vivia na mesma morada que o seu agressor, mas isto nom lhe impediu começar os trâmites de divórcio. Foram as forças de seguridade do Estado espanhol as que, apesar das visitas à comissária, nom tiveram em conta o perigo que corria a integridade física de Marisol. Foram as medidas de recortes de até um 79 por cento em políticas de igualdade  protecçom às mulheres as que menosprezaram a súa vida.Todas recordamos o assassinato de Iria, vizinha do mesmo município. Ela tampouco foi escuitada polas forças repressivas e quiçais tampouco pola vizinhança, conhecedora da violência sofrida.

O assassino também tem nome; Arturo Lopes, ele prendeu-lhe lume à  vivenda e forcou-se após assassina-la.

A única saída é combater as agressons com respostas firmes e contundentes. As mulheres conscientes e organizadas temos a obriga de dar a cara por todas elas, nom podemos pensar que som agressom alheias, porque elas, somos nós.

Desde a Assembleia de Mulheres do Condado apelamos mais umha vez a tomar as ruas, organizar-nos para serem mais e mais fortes e abolir o patriarcado e todas as suas formas de violência. Temos direito a rebelar-nos contra qualquer agressom porque o medo é cúmplice do patriarcado e o silêncio o principal inimigo do feminismo.

Avante a luita feminista.
Nengumha agressom sem resposta.

O Condado
6 de novembro de  2012