segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Por elas, por nós, no 2013, a luita feminista continua!

Seria absurdo pedir-lhe ao 2013 transformaçons estruturais que sabemos nom se vam dar soas. Sería pueril crer em milagres que converteram a crise em oportunidades de mudas sociais. Seria muito cómodo e conformista aguardar a que as tensons sociais provoquem per se, a chama que prende o lume. Seria muito inconsciente que o começo do novo ano nos fizera esquecer das mulheres que cairom mortas a maos dos seus companheiros, ex, patrons ou o próprio sistema cúmprice de cada assassinato.
O novo ano será mais outro ano de discriminaçons e desigualdades patriarcais mas, também, mais outro ano de luita e rebeldía das mulheres combativas que nom nos resignamos a viver o papel encomendado polo sistema. O novo ano será mais outro ano de açons de rua denunciando o que sabemos, vai seguir sucedendo; a opressom, a dominaçom masculina e os assassinatos machistas de quem nom querem ver-nos ser e viver livres.
No 2013 , a Assembleia de Mulheres do Condado, cumprirá dez anos de andaina feminista, mas, será outro ano construindo o nosso próprio futuro, construindo o mundo desde a nossa ótica lilás e anticapitalista.

Maria Matilde, Rosa, Marisol, Júlia, Íria, seguiremos na luita, cara a vitória do amor, da justiça, da solidariedade e da igualdade sem clases sociais nem de género.

Por elas, por nós, no 2013, a luita feminista continua!

domingo, 2 de dezembro de 2012

AMC fai entregue o prémio do IX Certame Literário Feminista do Condado




No meio-dia de hoje, 2 de dezembro, a Assembleia de mulheres do Condado, celebrou em Salvaterra de Minho o ato no qual entregamos o 1º prémio do IX Certame Literário Feminista do Condado.
Após umha breve apresentaçom por parte de umha das nossas companheiras, a galardoada, Patricia Fontenla, leu um trecho significativo da sua obra Kalevorroka ou antilibro.
Finalmente,  e após a entrega do prémio à ganhadora, quisemos agradecer a colaboraçom de Chus Suárez e Ana Marinho, júris desta e doutras muitas ediçons do Certame, fazendo-lhes entregues um pequeno presente comemorativo.

A continuaçom anexamos um fragmento da obra Kalevorroka:

O termo “feminazi” non é senón a desacreditación que parte do patriarcado para caricaturizarnos as catro tolas fríxidas, con envexa de pene ou con ganas del na boca, que sempre estivemos aí para tocar os collóns, pero que eramos tan poucas en número e tan absurdas as nosas esixencias, que ninguén nos tomou en serio e agora somos bolleras duplamente resentidas.
No lado oposto atoparíanse as “mulleres propiamente ditas”: as que traballan fóra e dentro da casa, comen pollas pero non falan de masturbación en público, obteñen penes facilmente e, no caso de sentirse atraídas por outras mulleres, este desexo estaría supeditado á súa heterosexualidade de fábrica. Só se lían con tías para quentar os homes e porque “non está tan mal”.




terça-feira, 27 de novembro de 2012

25N Exemplos de luita em contra do machismo e o patriarcado. Nós também fazemos história!



Rosalia de Castro (Compostela, 1837- Padrom, A Corunha, 1885)

Escritora. Conhecida mais pola sua faceta lírica intimista, tem obras em prosa como La hija del mar (1859), Flavio (1861),ou El caballero de las botas azules (1867), novelas de corte claramente feminista, nas que a autora denúncia a penosa situaçom das mulheres na sociedade do momento.
Denúncia, claramente exposta no breve ensaio Lieders (1858), no qual manifesta o submetimento das mulheres, e clama pola sua liberdade.

Corona Gonçalves (Ourense)

Escritora ourensá do século XX praticamente desconhecida. Colaborou intensamente no jornal A Nosa Terra do ano 1926 ao 1930. Escreveu artigos como “Para os pais que tein fillas”, escrito desde umha ótica feminista, defende a instruçom e trabalho das mulheres, já que isto as conduzirá face a independência, evitando o matrimónio como “meio de fugida “ das mulheres.

Carme Lobeiras Pantim

Colaboradora da secçom “O recanto da Muller” do jornal A Nosa Terra. O 6 de agosto de 1933, publicou o artigo intitulado “Posicións”, no qual defende a necessidade de umha conciência feminista para evitar que as mulheres sigam oprimidas.

Henriqueta Outeiro Branco (Miranda, Castroverde 1910-1989)

Guerrilheira antifranquista ligada ao Partido Comunista. Feminista consciente de que a instruçom e a independência económica som fatores fulcrais na libertaçom das mulheres, criou a Casa da Mulher (Cándida) em Castroverde, destinada a dignificar a lamentável situaçom das mulheres do meio rural.

Rosa Pardo (Compostela, 1941 – Madrid, 1989)

Enquadrada durante o franquismo no Partido Comunista, foi a dirigente do “Movimiento Democrático de Mujeres” durante a década de sessenta. Posteriormente, trabalhou na “Federación de Mujeres Flora Tristán”, no “Centro de Investigaciones y Formación Feminista” e, optando já por umha construçom do feminismo autónomo, na “Plataforma Autónoma Feminista”. Em novembro de 1987 participou na “Terceira conferencia internacional de feminismo socialista” com um artigo intitulado “Formas de organización y autogestión del movimiento feminista”.
Autora do texto “Feminismo primero, política después” (1988), no qual opina que a apresentaçom de listas de mulheres aos diferentes processos eleitorais do estado devera começar a estudar-se desde a perspetiva das organizaçons autónomas de mulheres.

Maria Santos Freire

Colaborou na secçom feminina “O Recanto da Muller” de A Nossa Terra. No 27 de agosto de 1933, publicou o artigo “O deber da muller galega”, onde reivindica a capacidade das mulheres para intervirem em todos os âmbitos sociais, incluído o jornalístico. Manifesta a necessidade de mais secçons propriamente femininas para que as mulheres deixassem de serem anuladas e se puderam expressar.

Dora Carcanho Araujo (Vigo 1935)

Luitadora social e defensora dos direitos das mulheres, e ligada, junto com a sua mae, ao processo revolucionário de Cuba. Em 1960 era a dirigente da “Federación de mujeres cubanas”, e foi, na altura, um dos maiores referentes do feminismo em Cuba.

Maria Teresa Sola (A Corunha)

Mulher de coragem que matou ao seu marido, após anos de sofrer maus-tratos. É acusada pola fiscalia de serem umha assassina comum, sem terem em conta que foi um ato em defesa própria. 

Crónica da atividade do 25-N



Na manhá do 25 de novembro, a Assembleia de Mulheres do Condado realizamos um mural no qual homenageamos ao feminismo galego, às mulheres rebeldes galegas, e a todas as mulheres que luitam e luitárom em contra do terrorismo machista.
Com esta iniciativa tentamos levar às ruas umha mensagem de rebeldia e empoderamento em contra das agressons que sofremos as mulheres cada dia.
Ademais da legenda, “25N Mulheres contra o terrorismo machista”, o mural expunha mais de meia dúzia de nomes de mulheres que foram e som exemplo de luita em contra da violência machista no nosso pais.
Ainda que a nossa tarefa se viu entorpecida pola visita da Guarda Civil, que identificou a umha colaboradora e várias das nossas militantes, a atividade puido rematar com sucesso.
Desde a Assembleia de Mulheres do Condado, queremos agradecer a todas as mulheres que participárom e a todas as que finalmente nom puidérom participar, e animamos-vos a colaborar nas vindouras atividades.





quinta-feira, 22 de novembro de 2012

MAIS UMHA MULHER ASSASSINADA, MAIS UMHA VEZ AGREDIDAS.


Esta vez no Berzo, na localidade de Bembibre, de maneira brutal. Para ele, simplesmente carne.
M.D.A.M descuartizou o corpo da sua companheira R.B.M.J, pretendendo agochar o assassinato em umhas malas. Argumentou fazê-lo para se defender.

Assim nos vem também a nós, perigosas como bestas às que há que domar. Assim estamos, desprotegidas e em situaçom de indefensom como animais enjaulados.

Levamos séculos após séculos sendo rebaixadas à categoria de seres inferiores, agredidas, ignoradas, assassinadas e despreçadas. No presente mantem-se a situaçom coa cumpricidade do velho estado franquista. Até quando?

Só fica umha opçom; ser-mos    salvagens, indomáveis, mas mulheres. Mulheres capazes de nos erguer e respostar ante qualquer agresom sofrida por umha de nós.

Desde a Assembleia de Mulheres do Condado chamamos a todas a tomar as ruas, organizar-se e e berrar porque:

Temos direito a rebelar-nos!
Temos direito a nos defender!
Nemgumha agresom sem resposta!

terça-feira, 20 de novembro de 2012

25 NOVEMBRO - DIA CONTRA O TERRORISMO MACHISTA


Mulheres e organizaçons feministas, sabemos que a luita contra o terrorismo machista nom se baseia em umha data específica, na qual instituiçons, meios de comunicaçom ou outras organizaçons "saem as ruas" com legendas bonitas, imagens impactantes ou concentraçons com minutos de silêncio.

Mulheres e organizaçons feministas, sabemos que o terrorismo machista nom só está nos golpes ou assassinatos, nom só está nas fotos e vídeos de contusons e sangue, nem nos dados oficiais de denuncias, nem no número de ordens de afastamento. 

Mulheres e organizaçons feministas sabemos que o machismo nos rodeia, que a sociedade é educada nele e que, muitas vezes, nem sequer somos conscientes de o estar a padecer. 

Basta de ter que sofrer violência diária, desde que acordamos até que acordamos o dia depois... Violência que envolve as nossas rotinas, agressons com as que convivemos e as que suportamos, pois assim nos educam. 

Este ano foram três as mulheres assassinadas no nosso Pais a maos de seu par. E por isso, a AMC estamos dia após dia na rua, para fazer-vos chegar a todas que com a luita organizada das mulheres, com a toma de lugares públicos donde nos fazer ouvir, estaremos dando um pequeno-grande passo face a morte do patriarcado e do machismo.

Protesta polo teu direito a decidir como vestir!

Protesta por umha sexualidade livre e sem tabus! 

Protesta pola tua decissom sobre a maternidade! 

Protesta pola igualdade salarial, laboral, social, educacional...!

 Protesta polos milheiros de mulheres violadas, prostituídas, golpeadas, assassinadas...!

PROTESTA POLAS MULHERES QUE JÁ NOM O PODERAM FAZER.

AVANTE A LUITA DAS MULHERES!
SE TOCAM A UMHA, TOCAM-NOS A TODAS!

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Patricia Fontenla Rodríguez ganha o IX Certame literário Feminista do Condado


Na tarde do passado 31 de Outubro, teve lugar a reuniom na qual o júri avaliou os trabalhos do IX Certame Literário Feminista do Condado. 
Este, conformado por  Xesús Suárez Núñez (professora de secundária no I.E.S. Val do Tea, de Ponte Areias), Ana Mariño (professora do C.E.I.P. Infante Felipe, de Salvaterra) e Rosa Fernandes Casais (em representaçom da Assembleia de Mulheres do Condado), e após umha análise pormenorizada de todos os trabalhos, resolveu, por unanimidade, fazer entregue do 1º prémio a Patricia Fontenla Rodríguez pola sua obra Kalevorroka ou antilibro. 
O ato de entrega do prémio terá lugar o vindouro dia 2 de Dezembro na biblioteca municipal de Salvaterra de Minho às 12:00 horas. Convidamos-vos a todas a assistir.
Desde a Assembleia de Mulheres do Condado, queremos agradecer a numerosa participaçom da presente ediçom, e animamos-vos a participar nas vindouras. 

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Mais outra mulher assassinada, mais outra morte sem responsáveis



 Marisol, também o tinha denunciado. Esta mulher, de 63 anos, vivia na mesma morada que o seu agressor, mas isto nom lhe impediu começar os trâmites de divórcio. Foram as forças de seguridade do Estado espanhol as que, apesar das visitas à comissária, nom tiveram em conta o perigo que corria a integridade física de Marisol. Foram as medidas de recortes de até um 79 por cento em políticas de igualdade  protecçom às mulheres as que menosprezaram a súa vida.Todas recordamos o assassinato de Iria, vizinha do mesmo município. Ela tampouco foi escuitada polas forças repressivas e quiçais tampouco pola vizinhança, conhecedora da violência sofrida.

O assassino também tem nome; Arturo Lopes, ele prendeu-lhe lume à  vivenda e forcou-se após assassina-la.

A única saída é combater as agressons com respostas firmes e contundentes. As mulheres conscientes e organizadas temos a obriga de dar a cara por todas elas, nom podemos pensar que som agressom alheias, porque elas, somos nós.

Desde a Assembleia de Mulheres do Condado apelamos mais umha vez a tomar as ruas, organizar-nos para serem mais e mais fortes e abolir o patriarcado e todas as suas formas de violência. Temos direito a rebelar-nos contra qualquer agressom porque o medo é cúmplice do patriarcado e o silêncio o principal inimigo do feminismo.

Avante a luita feminista.
Nengumha agressom sem resposta.

O Condado
6 de novembro de  2012

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

28 de setembo: nós parimos, nós decidimos.


Aborto, algo mais que umha palavra. 46 milhons de mulheres abortam anualmente no mundo após a negativa ou imposibilidade de seguir adiante coa gravidez. A sorte da súa vida e saúde está em maos da legislaçom de turno. Penalizar, criminalizar ou regular de umha maneira ou outra, marcará o destino de estas mulheres.

Desde a Galiza estamos a viver com raiva as ameaças do Ministro de Justiça Gallardón ante a posibilidade de modificar a lei do aborto para limitar mais ainda a capacidade de decisom das mulheres. Mostrando a verdadeira face do nazionalcatolicismo segue a utilizar, segundo lhe convenha, às mulheres como arma política. Ganhar a simpatía da Igreja católica e as organizaçons autodenominadas pro-vida é o seu principal objetivo. Ligado a isto som os interesses morais e económicos os que convertem ao governo espanhol em inimigo das mulheres obrigando-nos de maneira muito sutil a voltar ao fogar, convertendo-nos em escravas da familia, do capitalismo e do estado.

Desde a Assembleia de Mulheres do Condado chamamos a apoiar todas as iniciativas e manifestaçons que se vam desenvolver no nosso pais com motivo deste día de acçom global polos dereitos reprodutivos e da interrupçom voluntaria da gravidez. Agora mais urgente que nunca devemos fazer-nos escuitar. Só nós somos quem de decidir por nós mesmas.

É preciso sair à rua e juntas, fortes e erguidas, denunciar a ameaça de Gallardón de atentar contra os nossos corpos e reinvindicar um novo modelo de sexualidade livre de imposiçons machistas como passo imprescindível para a emancipaçom e independência das mulheres.

Aborto seguro, livre e gratuito.
Viva a luita feminista.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

AMC com as mulheres no desporto


A passada fim de semana voltava a celebrar-se em Salvaterra de Minho o Torneio de Fútebol 24h, umha iniciativa lançada por um grupo de moças e moços do Condado. As e aos quais queremos parabenizar por todo o trabalho desenvolvido ano após ano, apostando polo desporto galego.

A sua evoluiçom cara a igualdade entre sexos no desporto levou a que mais um ano desde a Assembleia de Mulheres do Condado quigéramos mostrar o nosso apoio coa entrega de um trofeio.

É assim que umha companheira fijo entrega a equipa de mulheres “Aplazado”, equipa ganhadora deste ano 2012 Umha ediçom na que ao contrário dos anos anteriores nom se deu um incremento de equipas de mulheres mas segue a ser o Torneio da zona com maior número de participantes femininas.

As mulheres devemos seguir a reivindicar o nosso espaço social e os desportos reflictem de maneira muito real e perceptível a invisibilizaçom e desigualdade à que seguimos submetidas. Ficam muitos partidos contra o patriarcado mas só juntas podemos ganhar.
Parabens moças!

sábado, 30 de junho de 2012

Na rua contra a violência machista

Este sábado, mulheres de AMC, saimos à rua para manifestar o nosso rejeitamento ante o último caso de assassinato machista na Galiza.
De seguido reproduzimos o conteúdo do panfleto repartido entre centenas de mulheres.

Chamáva-se Íria. Mulher valente. Esta jovem de Narom de 28 anos já denunciara em várias ocasions ao seu excompanheiro, Oscar, o mesmo que com umha ordem de afastamento em vigor, a assassinava em plena luz do día. A vizinhança era conhecedora do assédio ao que era submetida Íria nos últimos días e é provável que souberam também de conflitos na relaçom.

Nom podemos aguardar a que o estado e as súas forças repressivas solucionem o problema. Som muitos os interesses ocultos na atual opressom das mulheres. Explorar a mais da metade da populaçom e mante-la calada contribue à perpetuar o poder patriarcal e capitalista.

A solidariedade junto coa consciência crítica e feminista som as peças fundamentais para abordar a violência machista de maneira estrutural.

Desde a AMC chamamos a todas as mulheres do Condado a organizar-se e tomar conciência para ser apoio e voz das que forom e som silenciadas polo seu inimigo principal.

terça-feira, 5 de junho de 2012

IX Certame literário feminista do Condado

Já está aberto o praço para a apresentaçom dos vossos trabalhos literários. Publicamos a seguir as bases do IX Certame. Dar-lhe voltas a vossa creatividade e participai!

Bases:

1- A temática será livre sempre que esteja relacionada directa ou indirectamente com a situaçom de opressom, dominaçom e exploraçom que padecem as mulheres no actual sistema patriarcal.

2- Poderám participar todas as mulheres que o desejarem sem limites de idade.

3- Os trabalhos serám apresentados exclusivamente em língua galega.

4-Os trabalhos devem ser inéditos.

5- O certame está aberto a qualquer género literário (romance, poesia, teatro, ensaio).

6- Os trabalhos de romance, teatro e ensaio devem ter umha extensom mínima de 20.000 caracteres. Respeito à poesia devem ter um mínimo de seis poemas.

7- O júri é constituído por três mulheres representativas da comarca.

8- O prémio estará dotado com 300 euros, podendo o júri declará-lo deserto ou dividir a quantidade citada em accesits na sua totalidade ou em parte.

9- O prazo de apresentaçom de trabalhos finaliza sexta feira dia 30 de Setembro de 2012.

10- Os trabalhos serám apresentados por triplicado num envelope em que se fará constar na parte exterior o título e um pseudónimo da autora e, em envelope diferente, identificado com o título do trabalho e o seu pseudónimo, serám entregues os dados pessoais da autora: nome e apelidos, Bilhete de Identidade (BI), endereço, telefone de contacto.
Os envelopes serám enviados por correio certificado a Rua Alexandre Bóveda nº 8 6ºF. C.P. 36.860 de Ponte Areias, a nome de Ana Vicente Amoedo-AMC .

11- O trabalho ou trabalhos premiados ficarám em propriedade da Assembleia de Mulheres do Condado. Embora a autora ou autoras manterám os seus direitos sobre segundas ou posteriores ediçons de ser publicado o trabalho premiado.

12- Os trabalhos nom premiados ficarám a disposiçom das autoras durante um prazo de dous meses umha vez atribuído o prémio. Após finalizar este período de tempo, serám destruídos.

13- A interpretaçom das presentes bases som atribuiçom do júri.

14- A decisom do júri é inapelável.

15- A participaçom no prémio supóm a aceitaçom das suas bases

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Violência institucional no concelho de Ponte Areias


Desde hà uns meses, a vizinhança de Ponte Areias atópa-se todos os sábados (día de feira na localidade) com que as trabalhoras da carreira -vendedoras de excedentes alimentários da produçom doméstica- forom tiradas do prédio do mercado cara o exterior da rua, com a escusa das obras que se estam a levar neste, tendo que trabalhar durante o último mês baixo um guardachuvas. 
O governo do PP alega ter-lhe ofertado outros espaços (fora da zona de vendas da feira) e dim carecer de mais lugares idóneos às súas necesidades.
Geraçom após geraçom de mulheres, as súas mais e avoas, venderom na rua os seus produtos até conseguir o seu espaço no interior do prédio de abastos.
Depois de falarmos com elas  e de escuitar as súas divergências  entre quem aceita esta decisom e quem querendo muda-la sintem nom ter força para acadar melhoras, as mulheres de AMC, nom calamos.
Violência machista. Violência institucional. Violência contra as mulheres. Com estas palavras definimos o despreço histórico das instituiçons patriarcais que, contra os seus cínicos discursos politicamente correctos, seguem infravalorando os trabalhos realizados polas mulheres.
Desde a Assembleia de Mulheres do Condado exigimos ao governo municipal a colocaçom de maneira urgente dumha estrutura que proteja da chúvia, humidade e sol às trabalhadoras da carreira para poder ejercer o seu trabalho dentro dumhas condiçons mínimas de seguridade durante o tempo que durem as obras.
O governo local tem o dever e a obriga de mudar esta situaçom. Nós mentres tanto, seguiremos coas nossas: denunciar todo facto de discriminaçom, humilhaçom e maltrato institucional que atente contra a dignidade das mulheres.




segunda-feira, 14 de maio de 2012

As letras, em feminio plural.

1963, ano no que os académicos da RAE acordarom sinalar umha data no calendário para homenagear à  nossa literatura, coincidindo com o centenário da publicaçom de Cantares Gallegos. Rosalía de Castro foi a primeira homenajeada. A primeira das três únicas mulheres reconhecidas pola instituiçom como merecedoras de tal distinçom.

Apesar de ser a Real Academía Galega umha instituiçom privada e como tal poderá defender umha ou outra opçom linguística, definir-se sob um manto monárquico, negar a existência das mulheres na história e mesmo rejeitar o jogo das cadeiras na rúa Tabernas, nom podemos consentir a invisibilizaçom da literatura produzida por mulheres galegas, escritoras, pensadoras e sujeitos de talento literário.

A Assembleia de Mulheres do Condado está a trabalhar para umhas letras reinvindicativas, de debate e festa com o objetivo de reflexionar ao redor da exclusom das mulheres na cultura galega assim como também festejar que seguimos na luita, junto com muitas outras vozes de mulheres  e que já nom poderam fazermos calar.
Na Sexta feira 18 terá lugar a palestra-debate no CSA O Fresco às 19:00 baixo o título “Nem um verso atrás” e às 23:00 fecharemos a jornada com um concerto da banda galega  Sacha na horta no local Isabella de Ponte Areias.

Aguardamos a vossa participaçom nesta jornada das Letras, em feminino plural.

quinta-feira, 8 de março de 2012

11 de março, manifestaçom em Compostela

Desde a AMC chamamos a todas as mulheres da comarca a participar ativamente na manifestaçom nacional que terá lugar o dia 11 em Compostela com motivo do 8 de março, dia internacional da mulher trabalhadora.

Sob o lema “Mulheres galegas em luita polos nossos direitos”, diversas organizaçons feministas, entre as que se acha a Assembleia de Mulheres do Condado, e coletivos sindicais e sociais levaram a cabo umha intensa campanha por todo o país para comemorar a mais importante efeméride do feminismo. Culminará com a nomeada  manifestaçom que sairá às 12h da estaçom de comboios de Compostela.

quarta-feira, 7 de março de 2012

8 de março. Dia internacional da mulher trabalhadora

Mais um outro 8 de março. Haverá quem pense que é umha data máis no calendário do políticamente correto mas a nossa luita, nunca foi correta e nom por isso deixa de ser justa, imprescindível e mais urgente que nunca.

Há menos dum mês da entrada en vigor da pior reforma laboral da história do nosso país teremos muitas ocasions para sair à rua e defender os direitos que como trabalhadoras pretendem roubar-nos. Mas o que aqui hoje queremos denunciar é o facto de seguir sendo invisibilizadas, tanto nos discursos oficiais como nas luitas obreiras, porque a nossa condiçom de trabalhadoras, segue a ser práticamente inexistente.

Quantas veces puidemos escuitar aos representantes políticos e sindicais falar das mulheres galegas na atual crise económica? Será que aínda nom conhecem a realidade das trabalhadoras galegas? Neste 8 de março queremos berrar que:
  • Somos trabalhadoras todas as mulheres que vendemos os excedentes de produçom nas feiras e mercados do país sem poder competir com as grandes superfícies nem ter um teito, como no caso de Ponte Areias, no que recolher-se em dias de chuva.
  • Somos trabalhadoras as mulheres que diáriamente sementamos as terras que ainda nom som nossas. Mulheres de outros, dos únicos titulares das exploraçons  agrárias.
  • Somos trabalhadoras todas as mulheres que sem salário, prestaçons, pensons e direitos laborais aportamos o nosso tempo e força de trabalho em boa parte dos fogares galegos.
  • Somos trabalhadoras as mulheres que em idade de jubilaçom seguimos ativas fazendo-se cárrego das netas e netos perante a caréncia de infantários públicos.
  • Somos trabalhadoras as mulheres imigrantes que estando presentes no pequeno comércio, fogares, fábricas e restaurantes, carecemos dos mínimos direitos da classe trabalhadora.

Da Assembleia de Mulheres do Condado levamos anos solicitando aos diferentes governos do concelho de Ponte Areias, o reconhecimento público a todas as trabalhadoras da Mercado municipal com o nomeamento do prédio como “Praça 8 de Março”. Ante o silêncio do governo local começaremos umha campanha de recolhida de assinaturas para apresentar no Concelho a iniciativa popular com apoio e respaldo da vizinhança.

Assina polo reconhecimento das mulheres trabalhadoras!

Viva o 8 de março!