quinta-feira, 8 de março de 2007

LUITANDO AVANÇAMOS
8 de Março, Dia da Mulher Trabalhadora

Todas e cada umha das conquistas que o conjunto das mulheres trabalhadoras galegas desfrutamos a dia de hoje som fruto da luita e da pressom social.

Que ninguém se engane pensando que os direitos que a lei formalmente nos concede, fazendo-nos aparentemente iguais frente ao homes som conseqüência da boa vontade das instituiçons e dos governos. Sem a existência do feminismo, da coragem e valentia daquelas predecesoras que agora há perto de um século denominárom sufragistas, e contra vento e maré abrírom caminho, as mulheres seguiriamos praticamente igual que nos milhares de anos anteriores. Careceriamos dos mais elementares direitos, seguiriamos sendo seres de segunda ou terceira classe, empregadas polo universo masculino para desfrute sexual, reproduçom da espécie e mao de obra gratuíta.


Todo o caminho percorrido e todo o caminho que ainda fica por andar para atingir umha igualdade plena e real, e nom meramente formal, foi, é, e será fruto exclusivo da luita e da auto-organizaçom das mulheres.

Do sufrágio universal, que lembremos só adquirimos em 1931 na etapa republicana, passando polo direito ao divórcio ou ao aborto, até aceder em igualdade de condiçons ao sistema educativo ou ao mundo laboral, foi conseqüência da luita de milhons de mulheres que se rebelárom contra as injustiças e a marginalizaçom a que nos condena o patriarcado e o capitalismo.


Mas contrariamente ao que o sistema proclama a igualdade em muitos aspectos é meramente virtual. Na Galiza de 2007 mais da metade da populaçom que representamos as mulheres padecemos discriminaçom salarial pois realizando idêntido trabalho ganhamos menos que os homes, temos taxas de desemprego e precariedade mais elevadas, e sofremos nos centros de trabalho assédio sexual.

Padecemos umha brutal violência que nestes primeiros setenta dias de 2007 já provocou no nosso País a morte de três mulheres. Mari Carme Fontám Torres, Ángela Porras Garcia e Carme Karen Vargas de 50, 85 e 25 anos respectivamente, fôrom brutalmente assassinadas a cuiteladas polos seus companheiros e marido em Meanho a 6 de Fevereiro, na Corunha no dia 12, e no Porrinho o dia 26. Mas nom só, o terrorismo machista provocou que centenares de mulheres tenham sido agredidas polos seus maridos, familiares e companheiros na maioria dos casos entre a mais absoluta impunidade e silêncio.

Enquanto isto acontece os meios de comunicaçom seguem utilizando a nossa imagem de mero objecto sexual como reclamo comercial, e nos centros e ensino boa parte do professorado continua transmitindo valores discriminatórios e vejatórios com as mulheres.


A AMC nom vai negar que a dia de hoje em muitos aspectos estamos muito melhor que há trinta anos. Porém consideramos que tanto a Junta da Galiza como o governo espanhol, mais alá de promesas, retórica e boas intençons, carecem de vontade para aplicar políticas que provoquem avanços qualitativos na superaçom da actual situaçom de marginalizaçom, opressom e exploraçom que dia a dia a imensa maioria das mulheres padecemos.


Para seguirmos avançando em conquistas reais é necessário mais auto-organizaçom feminina, é necessário manter umha permanente pressom, e imprescindível um feminismo galego combativo, de base popular e nom institucional.

Neste 8 de Março, Dia da mulher Trabalhadora, fazemos um apelo às mulheres trabalhadoras do Condado a somar-se a nós para combater todas as expressons de machismo.



A luita é o único caminho!

Viva o feminismo galego!

O Condado, 8 de Março de 2007



quinta-feira, 1 de março de 2007

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