sexta-feira, 18 de novembro de 2011

O MACHISMO MATA

Chega o 25 de novembro e as mulheres organizadas na Assembleia de Mulheres do Condado, saímos à rua. Fazémo-lo para denunciar o terrorismo machista, enquanto as autoridades de turno cenificam a sua política espetáculo com minutos de silêncio polas vítimas da “violência de género” como se nom tivessem responsabilidades nesses assassinatos.


Efetivamente que nom fôrom as maos executoras. Mas como parte do sistema patriarcal e da reproduçom da sua ideologia, -o machismo, nom estám ao margem das suas conseqüências. Existe um consenso social sobre esta lacra. Mas a quem mata, veja, insulta, oprime, degrada e um largo et cétera, é à maior parte da populaçom que somos as mulheres.


É hora de questionarmos coletivamente a denominaçom institucional do 25 de novembro como “Dia contra violência de género”, pois é umha formulaçom completamente errónea, já que o género é gramatical e sobre ele nom se pode exercer a violência.


A violência é sexista, é contra as mulheres, contra todas nós, desde a forma mais invisível que seriam os “piropos” pola rua, até os assassinatos.


As feministas do Condado sempre o tivemos claro. AMC desde o início denominou o 25 de novembro como “Dia contra o terrorismo machista”. Optamos por esta fórmula porque a realidade demonstra que o que se exerce sobre as mulheres é, sem lugar a dúvidas, terrorismo puro e duro. Há que chamar as cousas polo seu nome. Nom tem sentido empregarmos eufemismos nem maquilharmos a realidade.


Gloria Garcia, Cristina González e Sabrina C.C. som as três mulheres galegas assassinadas em 2011 polo terrorismo machista.


É hora de mudar, nom podemos seguir assumindo com “normalidade” este grau de opressom. Há que superar o medo e denunciar qualquer tipo de mao trato, desde o primeiro insulto até a violência física.


O feminismo é a garantia de umha sociedade livre e igualitária, superadora do patriarcado.


Condado, 25 de novembro de 2011