8 de março: Dia Internacional da Mulher Trabalhadora.
Nom
existe a fórmula mágica que cure a doença da atual crise capitalista, nom a há.
Nom existem os brotes verdes nem as políticas de criaçom de emprego. Nom será
questom de dous ou três anos. Nom governam para nós, nom valoram as nossas necessidades,
nom nos tenhem em conta. Nom há alternativa dentro de esta porqueira.
As
primeiras estamos a ser nós, as mulheres. Começou a volta ao fogar, ainda
percebendo salários humilhantes, ganham mais com os nossos despedimentos. As
poucas possibilidades de um trabalho assalariado som erradicadas por meio dos
recortes no emprego público, via educaçom, sanidade ou serviços sociais. Sendo
as principais solicitantes de estes últimos, os nossos direitos ficam reduzidos
às decisons “misericordiosas” da beneficência às portas das igrejas ou
comedores paroquiais.
Pretendemos
negar o direito ao aborto. Parir, enfermar ou morrer com técnicas arcaicas e
perigosas em camas ensanguentadas por outras miseráveis que tampouco tiveram
possibilidades de sair ao estrangeiro.
Mães
que nom comem para que a sua prole nom morra desnutrida. Filhas obrigadas a
cuidar dos seus maiores, sem direito ou reconhecimento algum ao seu trabalho.
Haverá
quem ainda fale de demagogia ou de discursos trilhados, característicos do
feminismo e da esquerda. Haverá ainda quem se atreva a rir ou falar de viver
por acima das nossas possibilidades.
Nom
há alternativa dentro de esta porqueira. Ou reconhecemos que só fica luitar até
vencer, ou nos deixamos escravizar; ou unimos forças para nos organizar, ou
perdemos o pouco que ganhamos nas ruas há décadas atrás; ou ficamos deprimidas
até o suicídio, ou arriscamos o que for preciso por umha Galiza feminista e
socialista.
Desde
AMC, em este 8 de março, mais do que nunca, feminismo ou barbárie.