segunda-feira, 4 de março de 2013

8 de março: Dia Internacional da Mulher Trabalhadora.



Nom existe a fórmula mágica que cure a doença da atual crise capitalista, nom a há. Nom existem os brotes verdes nem as políticas de criaçom de emprego. Nom será questom de dous ou três anos. Nom governam para nós, nom valoram as nossas necessidades, nom nos tenhem em conta. Nom há alternativa dentro de esta porqueira.

As primeiras estamos a ser nós, as mulheres. Começou a volta ao fogar, ainda percebendo salários humilhantes, ganham mais com os nossos despedimentos. As poucas possibilidades de um trabalho assalariado som erradicadas por meio dos recortes no emprego público, via educaçom, sanidade ou serviços sociais. Sendo as principais solicitantes de estes últimos, os nossos direitos ficam reduzidos às decisons “misericordiosas” da beneficência às portas das igrejas ou comedores paroquiais.

Pretendemos negar o direito ao aborto. Parir, enfermar ou morrer com técnicas arcaicas e perigosas em camas ensanguentadas por outras miseráveis que tampouco tiveram possibilidades de sair ao estrangeiro.
Mães que nom comem para que a sua prole nom morra desnutrida. Filhas obrigadas a cuidar dos seus maiores, sem direito ou reconhecimento algum ao seu trabalho.

Haverá quem ainda fale de demagogia ou de discursos trilhados, característicos do feminismo e da esquerda. Haverá ainda quem se atreva a rir ou falar de viver por acima das nossas possibilidades.

Nom há alternativa dentro de esta porqueira. Ou reconhecemos que só fica luitar até vencer, ou nos deixamos escravizar; ou unimos forças para nos organizar, ou perdemos o pouco que ganhamos nas ruas há décadas atrás; ou ficamos deprimidas até o suicídio, ou arriscamos o que for preciso por umha Galiza feminista e socialista.

Desde AMC, em este 8 de março, mais do que nunca, feminismo ou barbárie.