domingo, 25 de abril de 2010

Contra as agressons AUTOORGANIZAÇOM!

Dous novos casos de violência machista contra mulheres do Condado. Um dos agressores acumula já várias denúncias por ataques a mulheres. Perante os nossos olhos, na nossa vila, na nossa paróquia, as nossas vizinhas, amigas e companheiras de trabalho estám a ser brutalmente agredidas. Mais umha vez, parece que só as feministas estamos dispostas a denunciar e actuar… e assim é, estamos dispostas!

Já chegou de fecharmos os olhos e calar. A diário as mulheres do Condado levamos hóstias, somos perseguidas e violadas, vivemos com medo dos homens, nom temos outra que obedecer os nossos maridos e companheiros se nom quigermos levar umha tunda. Sabemos bem que as quatro linhas que -de má vontade- publicam os jornais som apenas umha ínfima parte do problema. Som poucas as mulheres que se atrevem a denunciar e menos ainda as que decidem fazê-lo publicamente.


Os juízes, os representantes municipais, os polícias e guardas civis nom vam acabar com a violência contra as mulheres. Eles som parte do problema, eles som cúmplices (e por vezes responsáveis directos) da situaçom que padecemos. Som os que nos esquecem nos actos oficiais, som os que nos questionam e desprezam quando denunciamos, som os que ditam sentenças ridículas contra os nossos verdugos, som os que nos negam o apoio económico que necessitamos para sairmos adiante por nós próprias...


É questom de vida ou morte. Nom vamos esperar à notícia dum novo assassinato. As mulheres do Condado temo-lo claro, a única saída que temos é a autoorganizaçom, juntarmo-nos e enfrentar o terrorismo machista lá onde aparecer, denunciar e conscientizar, arroupar as vítimas e fazer-lhes um sítio para que luitem ao nosso lado, encurralar os agressores e dar-lhes o que merecem. Porque unidas somos fortes, muito fortes, unidas nom há medo, unidas podemos defender-nos e devolver os golpes.


Da Assembleia de Mulheres do Condado fazemos um apelo urgente às vizinhas da comarca para se somarem ao combate contra o terrorismo machista. Pom-te já em contacto com a AMC!